Quero que tu sejas a figura principal de minha obra de arte…
Eu queria voar p'ra longe , mas tem algo me prendendo...
Eu fecho os olhos, porém não some e fico preso aqui dentro...dentro de mim, no vazio do meu peito apertado...onde tem um deserto inteiro, onde fico-não morto-enterrado...
Você é linda! Sua beleza me sacia e suplicia...
Adoro sentir o aroma que vem de seus cabelos e das relvas de seu corpo. O seu gosto embriaga, fico e, perdido, me perco na dimensão do seu profano...
A fera em mim dorme longe de você. Domada, só obedece a ti, que brinca com a morte, sem medo que eu devore o seu coração. As suas mãos que percorrem meu corpo me entorpece e o seu sussurro é uma sinfonia para os meus ouvidos...
És uma nobre donzela e eu sou apenas uma alma devassa que você chama de anjo...mas com necessidade de ser o que precisas, sendo, você, o que também necessito...
Antes pensava que o melhor dia que já tive foi o amanhã que não chegou..mas você apareceu e trouxe alento e calor a esta alma escura, silente e fria..
sexta-feira, 2 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sofro ao ver meu destino como um vampiro,
Ficarei só toda uma vida
Olho ao redor de minha sepultura
Não a vejo derramando lágrimas
Por que me deixas aqui sozinho?
Deite-se ao meu lado
Sinta minha pele fria
Beije minha boca, passe a noite ao meu lado
Toda uma vida esperando amor
Toda uma vida na solidão
Seguirei seus passos e te guiarei ao meu encontro
Leve flores ao meu túmulo, acenda uma vela
Peça aos anjos que me tragam de volta
Toda noite sussurrarei em seus ouvidos
Dias e meses passarão e nem chamará por meu nome
Esquecerá de mim, mas não de meu amor
Seu coração, porém, ficará mais frágil
O amor que o habitara, se foi com suas lembranças
Te guiarei para o caminho da escuridão
Morrerás na solidão, proclamará por meu perdão
Perdoá-la?
Sim a perdoarei
E...Juntos caminharemos de mãos dadas
Sobre nossos túmulos
Brindaremos com cálices negros nossa redenção...
quarta-feira, 31 de março de 2010

Livre para andar entre os campos
Do vale da morte
Sentindo o cheiro do sangue fresco
Como se fosse a última vez...
Caminhar ...
Olhando os passos de quem já se foi
Cantar as canções mais mórbidas
Que jazem junto ao corpos pútridos
Olhando os passos de quem já se foi
Cantar as canções mais mórbidas
Que jazem junto ao corpos pútridos
Deste cemitério...
Nesse mundo tão sombrio
Apagar-se a algo é ilusão
Temos nossos sonhos afogados nas lágrimas
Que escorrem sobre nossas faces frias e pálidas...
Apagar-se a algo é ilusão
Temos nossos sonhos afogados nas lágrimas
Que escorrem sobre nossas faces frias e pálidas...
Aqui nenhuma alma conhece a paz...
Nenhum anjo jamais ousou nos tocar
Pois habitamos em um mundo de escuridão suprema...
Nenhum anjo jamais ousou nos tocar
Pois habitamos em um mundo de escuridão suprema...
Somos temidos e ao mesmo tempo tão inofensivos!
Somos aqueles que todos temem se tornar...
Somos mais que almas...
Defuntos!
Somos aqueles que todos temem se tornar...
Somos mais que almas...
Defuntos!
No mausoléu jaz
O Arcanjo Da Arcada Das Sombras...
domingo, 21 de março de 2010

† Espelho De Fogo †
Oh! Anjos que saem na escuridão da noite
Onde estará minha alma?
Ela caiu e eu não a segurei
Onde estará ela agora?
Outra não me será digna
Anjos negros, ela se esconde?
Por que se esconderia de mim
O meu anjo decaído?
Onde estará minha alma?
Ela caiu e eu não a segurei
Onde estará ela agora?
Outra não me será digna
Anjos negros, ela se esconde?
Por que se esconderia de mim
O meu anjo decaído?
Oh! Anjos que saem na escuridão da noite
A dor encobre meus olhos, estou cego
Sem minha alma
Ela caiu no abismo
E agora flutua no espelho de fogo
O meu pequeno anjo
Dança sob o espelho agora
Posso ver a luz e ele está lá
Suas asas tornaram-se negras
Há cinzas e ele bebe vinho
E vem em minha direção agora
Oh! Anjos que saem na escuridão da noite
Meu anjo vim encontrar
Ele poderá comigo voltar
Se eu for seu sacrifício
Eu a levo em meus braços
E flutuamos sob o espelho de fogo
Ela crava em mim seu punhal
Sussurra promessas em meus ouvidos
"Meu Anjo perdido!"
E o meu sangue goteja negro
Sob o espelho de fogo que agora se quebra
Não há mais espelho
Só fogo, trevas...
segunda-feira, 15 de março de 2010

Ama-me vertiginosamente,
À beira de abismos,
e alturas celestes,
conforta minha alma,
que há séculos espera,
perdida em guerra,
de sentimentos e dores,
saudades e angústias,
salve-me de mim mesmo,
mas ama-me...
ama-me como há muito tenho esperado
ama-me com a paixão dos desencarnados
ama-me com a piedade dos bons,
e o desespero dos rejeitados,
ama-me no céu,
como no inferno,
sem tempo, nem idade,
ama-me com vitalidade...
Ama-me nesta vida,
e em todas que puderes,
ama-me irrestrita e desesperadamente,
como se fosse a última...ou a única...
Ama-me porque sinto saudades,
porque só sei amar com vontades,
porque tua existência é necessária,
porque teu amor tem verdades,
porque apenas com você,me sentirei pleno,
verdadeiro,amado, completo e acalentado,
ama-me porque a noite é chegada,
e se demorares muito,
poderei não estar mais nessa estrada...
quinta-feira, 11 de março de 2010

† Desde O Início †
Não sei se por sabedoria ou engano
Encontro o perfeito ponto de equilíbrio
Espanta-me que pensamento tão sóbrio
Possa florescer na mente de um humano...
Pois vê, então, o que busco na vida
Esteve ao meu alcance em todos os momentos
E, pasmo, não necessita ou pede grandes inventos
A tão sagrada cura para a amarga ferida...
A tão sagrada cura para a amarga ferida...
É tudo parte de um simples jogo, um teatro
Tudo faz parte do mesmo espetáculo
Aquilo que te sufoca com um forte tentáculo
É o que me traz alegria, o ícone que idolatro...
Aquilo que traz mágoa e triste pranto
É minha força e ânsia, a minha esperança
Onde tu vês apenas dor e a divina cobrança
É onde enxergo a paz, meu mais eterno acalanto
E não venhas me dizer que não sou forte
Que minhas palavras são dignas de um tolo
Apenas aceite o que tenho como consolo
É o fim que leva ao início, a inevitável morte...
quarta-feira, 10 de março de 2010

Oh! Soberana Rainha que das profundezas emerge.
Dê à minha alma, o calor que de vossa chama de tortura emana
Sufoque os tolos com suas palavras errantes
Enterre-os com seus lamentos vãos...
No seu trono governa imperante
Tendo por ordem, a destruição do fogo
Que ofusca errôneamente seus olhos
Guiando-a à beira do abismo...
Triste fim das lamúrias cicatrizadas
Lágrimas de águas turvas da profunda alma
Afogadas em seu próprio terror...
Governe, minha obscura Rainha
E dai-me o alento que tanto almejo
Agora e para toda eternidade...
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